Paulo Sant'ana Estupro em criança

Paulo Sant'ana denunciou em sua coluna de Zero Hora, no dia 28/05/2013, o atendimento recebido por uma criança vítima de abuso sexual.
Diante do fato relatado, decidi dar conhecimento ao mesmo dos inúmeros problemas encontrados pelas vítimas da violência. O texto que enviei o referido jornalista está a seguir.

Caro Paulo Sant’Ana
Li tua coluna de 28/05/2013 – “Estupro em criança” - e, mais uma vez, acertaste no alvo!
Há muito venho trabalhando na prevenção do abuso sexual intrafamiliar de crianças menores de seis anos, razão pela qual represento o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Porto Alegre junto ao Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, da nossa cidade.
Por conta disto, diariamente me deparo com igual situação.
De maneira geral, os agentes públicos desconhecem a rede de atendimento destinada a apoiar vítimas de violência e/ou seus familiares.  E há também aqueles tão desumanos quanto foi o agressor. O Governo do RS não tem capacitado seus agentes para que ao atenderem as vítimas de violência orientem e indiquem os locais disponíveis para o recebimento de auxílio, assistência e proteção.
De acordo com o IBOPE, o jornal Zero Hora tem 1.482.800 leitores e atinge 42,1% da população do RS. Diante disto, acreditei ser ele o caminho mais eficaz para que expressivo número de cidadãos conhecesse as possibilidades de atendimento à disposição e assim buscasse apoio. Em 28/03/2013 enviei para Zero Hora o artigo O Direito é para quem busca. Nele expus o tipo de proteção, auxílio e assistência oferecidos pelo Estado do RS às vítimas da violência e/ou seus familiares, de acordo com a Lei Estadual 11.314, de 20 de janeiro de 1999.  
Infelizmente o artigo não foi publicado. Ele está anexado para teres acesso a ele.
As pessoas precisam conhecer a Lei 11314! Como fazer isto sem apoio da mídia?
Para avaliares a amplitude do desrespeito às vítimas é fundamental saberes o que segue.
Obtive importantes propostas de atendimento como resultado de um trabalho efetuado com mais de 500 vítimas de violência, As atividades foram promovidas por mim e pelos dois representantes das mesmas com assento, assim como eu, na Frente Parlamentar em Apoio às Vítimas de Violência da Assembleia Legislativa do RS. São eles: Eduardo Rodrigues (51.84182410), pai do Diego (assassinado em 24/11/2009) e Alexandre Almeida (51.98376511), pai do Diogo (deixado paraplégico pelo mesmo agressor em 25/11/2009).
Embora o trabalho não tenha sido uma atividade da Frente Parlamentar, o resultado foi entregue formalmente à sua Presidente, Dep. Zilah Breitenbach, em dezembro de 2012, na última reunião da referida Frente. As propostas foram consideradas excelentes e aceitas tanto a  da organização de uma grande reunião em Porto Alegre com as vítimas de todo o RS dando voz às mesmas, quanto a de se recomendar ao gestor público a implementação da denominada Estratégia dos Três Passos, também anexada a este documento.
Para oportunizar a participação de um número maior de vítimas foi estabelecido pela Presidência da Frente Parlamentar que, a partir de janeiro de 2013, inúmeras reuniões seriam efetuadas em todo o interior do RS. Quanto à Estratégia dos Três Passos, seu encaminhamento seria apreciado também em 2013.
É preciso destacar que as vítimas da violência SÃO O MOTIVO da criação da Frente Parlamentar!
Sabe qual foi a efetivação até hoje, dia 29/05/2013, das propostas das vítimas?
Nenhuma reunião no interior do RS foi realizada, portanto, nenhuma vítima foi ouvida e nem a Frente se reuniu novamente para discutir qualquer coisa.
Poderás obter maiores detalhes com os representantes das vítimas cujos telefones estão acima.
Afinal, quem se importa com as vítimas? A quem interessa omitir informações que salvam vidas?
Há muitas pessoas preocupadas com a recuperação dos detentos. Está correto.
E com a recuperação das vítimas? Elas também precisam se recuperar!
Em nome do que se nega à vítima, a informação sobre os recursos disponíveis para seu atendimento e posterior recuperação?
Como alguém pode fazer isto? Será por desinformação, desleixo, má-fé ou porque não o atinge diretamente?
No caso por ti denunciado, de acordo com o que foi publicado na página 36 de Zero Hora de 29/05/2013,  a culpa é da mãe da criança que fez tudo errado!
Sabe-se que as estruturas de atendimento disponíveis estão muito aquém das necessidades, entretanto, elas existem e ser respeitoso com a vítima é uma questão de humanidade.
Capacitação alguma conferirá tal condição a alguém. Talvez esta pessoa precise ser tocada pela violência para se tornar sensível a outro ser humano.
As vítimas da violência e seus familiares agradecem imensamente pela tua sensibilidade. 
Que o teu prestígio “opere o milagre” tão necessário para a vida e para a alma de tantos.
Pinço aqui uma frase da tua coluna de 25/03/2013 (viste como te acompanho?) na qual conjecturas sobre a possibilidade de Deus ter se aposentado: “quem substituiu Deus foi o livre arbítrio dos homens, a consciência de cada um de nós é que passou a presidir os acontecimentos e os destinos”. 
As vítimas da violência estão implorando às pessoas para serem escutadas porque, de repente, Deus pode mesmo ter se aposentado.
Atenciosamente

Maria Aparecida Vieira Souto

Cadastro de pedófilos



Polícia paulista cria o primeiro cadastro de pedófilos do Brasil
ADRIANA FARIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Polícia Civil de São Paulo está formando um banco de dados inédito de todos os pedófilos do Estado. O trabalho é feito pela 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia, única no Brasil especializada nesse tipo de crime.
Desconhecida do público, a delegacia foi criada em novembro de 2011 e desde então tem cadastrado foto, nome, cor de pele, idade e histórico de crimes dos pedófilos.
Segundo a delegacia, 40% desses criminosos têm entre 18 e 40 anos, 25% estão acima dos 40 e 35% têm até 17 anos.
O número de pedófilos com parentesco com a vítima chega a 40%. Dos outros 60%, grande parte tem alguma relação com a família da vítima ou são amigos ou vizinhos, segundo a delegada-assistente Ana Paula Rodrigues, 38.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress


A delegacia não foi autorizada a informar o número total de pedófilos cadastrados. Das vítimas, 80% são meninas, e 60% tem de 7 a 13 anos.
O sobrinho de dez anos da auxiliar de enfermagem Yneida Brito sofreu frequentes abusos de um vizinho, amigo da família. "Ele falou para o menino: 'Vamos lá na minha casa. Tem uma bola de capotão super legal'. Ao chegar lá, fechou a porta, amarrou o menino e o estuprou", disse a tia.
Os abusos foram tantos que a criança, hoje aos 12, teve uma disfunção anorretal e, desde então, usa fraldas.
A tia descobriu que as mudanças de comportamento no sobrinho tinham relação com algum tipo de abuso porque ela também foi abusada aos 9 anos. "Voltando da escola, eu fui tomar algo numa lanchonete de um conhecido da família. Ele disse entra, abaixou a porta da lanchonete e abusou de mim". Yneida só conseguiu contar para mãe o que tinha sofrido aos 22 anos.
Em 2011, foram 2.814 denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Estado. No ano passado, chegaram a 3.117, um aumento de 10%, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. No Brasil, o aumento foi de 20%.
A delegacia de pedofilia alerta: os pedófilos estão se proliferando pela internet.
CASO CHOCANTE
A delegada conta que o caso mais chocante que já investigou foi o de uma menina de 6 anos que vivia com a família em um cômodo pequeno. "Mãe, filha e padrasto dormiam na mesma cama e nessa cama ele abusava da menina, com o consentimento da mãe."
A menina só conseguiu falar dos abusos quando encaminhada à brinquedoteca da delegacia. "Ela pediu para que todas as luzes fossem apagadas porque assim ela tinha a sensação de que ninguém ouviria o que ela tinha para relatar", diz a delegada.
O homem foi preso, a criança, encaminhada ao Conselho Tutelar, e a mãe desapareceu.
O crime de pedofilia é punido com reclusão de oito a 15 anos. Praticar o crime pela internet tem pena de três a seis anos de reclusão.


FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/05/1277620-policia-paulista-cria-o-primeiro-cadastro-de-pedofilos-do-brasil.shtml


An Online Study for Adult Survivors of Child Sexual Abuse
by Jessica Richardson on
March 04, 2013 | 16:17 pm

As part of her doctoral studies at the University at Buffalo, Molly Wolf, LMSW, is conducting a research study on the long-term effects of child sexual abuse. Please see further information, including a link to the study, below. Darkness to Light is not affiliated with this study.

You are invited to participate in a clinical research project that examines your experiences of child sexual abuse and related issues concerning that abuse. Your participation is completely voluntary, and this study will take about 30 – 40 minutes to complete. Most of the questions will be about your experiences of child sexual abuse, your memory of the events, and related issues. The results of this study should help to further our understanding of the effects of child sexual abuse on memory. This understanding will help researchers and therapists to develop more effective intervention programs to assist survivors of child sexual abuse.  The link to the study ishttp://www.surveymonkey.com/s/P7FB37C

Debate sobre exploração sexual

AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DEBATER O ENFRENTAMENTO À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais, CONVIDA a comunidade porto-alegrense para a Audiência Pública, a ocorrer no dia 14/05/2013, às 19 horas, No Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre, localizado na Av. Loureiro da Silva, nº 255, nesta Capital, com o objetivo de debater o tema acima referido.

Gabinete da Presidência, 03 de maio de 2013.
Vereador Thiago Duarte,
Presidente